postado em 25/01/2008 0:00 / atualizado em 25/01/2008 0:00
Técnicos do Ministério da Fazenda costuram os últimos detalhes da reforma tributária, principal projeto de interesse do governo para ser votado no Congresso este ano.
Segundo funcionários da pasta, a reforma terá como ponto principal a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal, que unifica Cofins, PIS e Cide-combustível.
Até o ano passado, o IPI estava incluso nesse grupo. Por enquanto, está de fora. No que depender do governo, o IVA federal entrará em vigor daqui a três anos. A arrecadação seria a mesma dos três impostos. O governo argumentará na reforma que essa unificação simplificará o sistema tributário e resultará numa "eficiência econômica".
No momento, o Ministério da Fazenda tende a desistir de propor a criação de um IVA estadual, que juntaria ICMS (estadual) e ISS (municipal), com a cobrança total no destino da mercadoria produzida. Boa parte dos governadores não aceita a proposta. Teme, no caso do ICMS cobrado no destino, a perda de arrecadação dos impostos que incidem sobre produtos fabricados em seus respectivos estados.
O texto que hoje está sendo discutido pela equipe econômica do governo mantém o ISS e unifica a alíquota do ICMS em todos os estados, com uma cobrança "preponderante" no local de chegada da mercadoria. Com isso, o governo alegará que colocará fim à guerra fiscal entre estados, manterá a disposição de acabar gradualmente com o pagamento de impostos na origem do produto, mas evitará o conflito imediato com os governadores. A reforma deverá trazer ainda uma proposta de compensação financeira para regiões que serão afetadas pelas mudanças no sistema tributário.
O governo não pretende incluir a recriação da CPMF no projeto. Espera, porém, que sua base parlamentar trabalhe a favor da criação de um imposto para a saúde ainda este ano. Resta saber como isso será recebido pelos partidos no Congresso. O governo tem pressa em aprovar essa reforma até junho. Sabe que a Câmara e o Senado param a partir de agosto, quando começam as campanhas para as eleições municipais. Essa foi uma das preocupações que levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a pedir na última quarta-feira que seus ministros ajudem na consolidação da base de apoio parlamentar.
A bronca, aliás, começa a surtir efeito. O governo prepara uma força-tarefa de reuniões com partidos aliados antes de enviar ao Congresso a proposta de reforma tributária. O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), combinou com o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, fazer uma reunião no dia 12 de fevereiro com os líderes das legendas da base de apoio para discutir o assunto.
O governo quer enviar o projeto no dia 21 do mesmo mês. Antes disso, pretende, além do encontro com os líderes, realizar no Palácio do Planalto pelo menos duas reuniões com o conselho político, formado por parlamentares e presidentes dos partidos aliados. "Isso é a ampliação do diálogo preliminar com os partidos da base. Não vamos enviar a reforma tributária antes de uma última conversa com os líderes", explica Fontana.
Fonte: Jornal do Commercio – 25/01
postado em 16/01/2008 0:00 / atualizado em 16/01/2008 0:00
Senadores da base do governo que no ano passado votaram contra a prorrogação do imposto do cheque só aceitam uma outra contribuição se o Executivo compensar isso com alguma desoneração.
É bom o governo se preparar. Se sonha em recriar a CPMF, terá que ceder na reforma tributária. Caso contrário, assistirá novamente no Senado a cenas parecidas com a votação que derrubou o imposto do cheque em dezembro do ano passado. Senadores de legendas aliadas do governo que votaram contra a CPMF não estão dispostos a topar um novo imposto mesmo que seja todo destinado à saúde, como defendem deputados governistas. Os parlamentares exigem, no mínimo, uma contrapartida. Querem uma desoneração tributária e ameaçam repetir o voto que deram em plenário caso não haja a compensação. E o governo sabe que sem eles dificilmente terá sucesso na empreitada para ressuscitar o tributo.
Na Câmara, a vida governista é mais tranqüila. A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem maioria folgada sobre a oposição. O que vier em relação a um novo imposto tem tudo para passar. Por isso, o líder do governo na Casa, Henrique Fontana (PT-RS), tem dito que a intenção da bancada de apoio a Lula é não vincular a proposta de nova CPMF, com alíquota de 0,20%, à reforma tributária. Aposta na vitória em plenário.
Só que no Senado o jogo é bem diferente. Na votação de dezembro, seis senadores da base de apoio ao presidente Lula ficaram contra o imposto. Foram os peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE), Mão Santa (PI) e Geraldo Mesquita (AC), além de Romeu Tuma (PTB-SP), César Borges (PR-BA) e Expedito Júnior (PR-RO). Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) não estava em Brasília no dia da votação da CPMF, mas havia declarado seu voto pelo fim do tributo.
Com exceção de Mesquita, que não foi localizado, o Correio ouviu esses senadores sobre o movimento iniciado na Câmara para criar um imposto para a saúde. Todos adotaram discurso semelhante: só apóiam a proposta dentro de uma discussão de diminuição em outros tributos, inclusive uma eventual revogação das recentes decisões do governo que aumentaram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Recém-chegado à base aliada do Palácio do Planalto, César Borges avalia que a proposta discutida na Câmara seria até “irrecusável” se fosse feita na época da votação da antiga CPMF. Agora, diz que dificilmente passará sem que o governo ceda algo em troca. “É uma idéia a analisar, mas seria importante que, junto a ela, viesse uma desoneração de outro imposto. Não sou contra, mas temos que discutir isso no bojo da reforma tributária”, diz.
Fonte: Correio Braziliense
Caderno Política
Data: 16/01/2008
postado em 11/01/2008 0:00 / atualizado em 11/01/2008 0:00
Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (9), o líder do governo no Senado, Romero Jucá, disse acreditar que a proposta de reforma tributária do governo federal chegue ao Congresso Nacional em março.
A expectativa é de que neste mesmo mês, segundo acrescentou, o Poder Legislativo vote o Orçamento de 2008. Na quinta-feira (10), as lideranças da base aliada no Congresso começam a negociar com o governo os cortes na proposta orçamentária, destinados a compensar metade dos R$ 40 bilhões perdidos com o fim da CPMF.
Além dos líderes governistas, devem participar dessa reunião o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo; o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro; o presidente e o relator da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), senador José Maranhão (PMDB-PB) e deputado José Pimentel (PT-CE), respectivamente.
Conforme Jucá, o governo federal vai apresentar propostas de cortes orçamentários no Executivo, ficando os do Legislativo a cargo da CMO. Jucá adiantou que os cortes no Executivo devem abranger passagens e diárias, construção de prédios públicos, publicidade e outras despesas de custeio e manutenção da máquina administrativa. Disse ainda que os cortes no Legislativo podem vir das emendas de bancada e de comissões. Já as emendas individuais, salientou, não devem ser alteradas.
O líder do governo no Senado acredita ainda que, neste encontro, também sejam discutidos os aumentos salariais e as novas contratações no serviço público. Embora o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja prioridade máxima do governo federal, Jucá não crê que esteja livre de sofrer cortes orçamentários. Já os programas sociais e as áreas de segurança e saúde têm boas chances de terem seus recursos preservados, na sua opinião, garantindo ainda que o equilíbrio fiscal será mantido.
Fonte: Agência Senado – 10/01
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