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Presidente de associação de aposentados diz que fundos sofrem com interferências dos governos

Por Agência Câmara

postado em 26/11/2015 0:00 / atualizado em 26/11/2015 0:00

A presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (FAABB), Isa Musa de Noronha, disse agora há pouco na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão, na Câmara dos Deputados, que o segmento acaba sofrendo com insegurança jurídica por interferências do governo e de patrocinadores e dos próprios fundos de pensão.
 
“Um fundo de pensão é um contrato de longuíssima vivência, 40, 50, 60 anos. Esses contratos não podem ser alterados sem a concordância expressa da outra parte. O que ocorre é que patrocinador e fundo de pensão decidem sozinhos”, criticou.
 
Isa depõe da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Fundos de Pensão. Segundo ela, houve uma forte ingerência política no período das privatizações das telecomunicações e da Vale. Ela citou que no período da privatização da Vale, a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) foi obrigada a participar do processo. “A Previ não está isenta dessa ingerência”, criticou.
 
A presidente afirmou que, em 1996, por interesses do governo à época, o Banco do Brasil recorreu à Previ para sanar dificuldades financeiras e que o mesmo se repetiu em 2001. Isa Musa de Noronha explicou que os diretores da Previ da época se recusaram a fazer isso e houve intervenção do governo no fundo de pensão.
 
Ela disse ainda que ainda ocorrem interferências indevidas do governo no fundo. “Para nós, o que aconteceu no passado se repete agora, independe do governo”, assegurou.
 
A dirigente afirmou que um fundo de pensão vive de oscilações do mercado. “O fundo de pensão nasceu para pagar benefício. Se está sobrando benefício é porque está pagando benefício de menos”, explicou.
 
Isa Musa de Noronha criticou mudança das relações trabalhistas do Banco do Brasil com seus diretores feitas em 2008, sem estabelecer tetos, e criando uma casta de superaposentadorias. “Como se pode admitir que os recursos sejam utilizados para pagar privilégios para diretores de fundo de pensão?”, criticou.
 

 

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