postado em 09/06/2011 0:00 / atualizado em 09/06/2011 0:00
Apresentar aos parlamentares o segmento de autogestão, evidenciando suas especificidades, demonstrando sua importância no setor de saúde suplementa foi o objetivo do seminário, promovido no Auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde da última terça-feira (7/6)..
Intitulado “A Importância da Autogestão na Assistência à Saúde do Trabalhador Brasileiro e seus Familiares”, o evento contou com a presença de cerca 80 profissionais da autogestão, entre gestores e representantes de beneficiários, e “foi um dia histórico”, assim declarado pela presidente da UNIDAS, Denise Rodrigues Eloi de Brito, que abriu o evento. “Depois de duas décadas de expectativa, poder participar de um evento promovido pela Câmara, com o apoio de parlamentares, para discutir um assunto tão estratégico e relevante que é a saúde do trabalhado, é uma grande oportunidade para o segmento, por dividir suas reflexões com seus participantes, seu beneficiários e, principalmente, com os representantes do povo no Legislativo.”
Denise também destacou os valores da autogestão, como a solidariedade e a acolhida à população idosa. “E muitas das nossas instituições temos a presença dos idosos com participação e custeio com regras iguais aos recém-nascidos porque não fazemos diferenças no momento de cuidar dessa população. A saúde dos idosos faz parte da pauta da autogestão desde sua criação, há 68 anos. Esse dado é evidenciado pelo fato de hoje termos no sistema de saúde suplementar 5% de sua população composta por idosos, enquanto que na autogestão este percentual chega a 9,7%. Isso demonstra a sensibilidade e a preocupação que temos em acolhimento e não formar barreiras aos beneficiários da autogestão”.
O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), que em abril, durante o 2º Seminário dos Dirigentes e Gestores das Instituições da Autogestão, convidou a UNIDAS a participar do debate para esclarecer os parlamentares sobre as especificidades e diferenças da modalidade, destacou em seu pronunciamento um dos princípios do segmento. “Na história da autogestão tem algo que me foi marcante sobre a solidariedade: ‘que a cada um segundo a sua possibilidade e a cada um segundo a sua necessidade’. Este é o ideal de sociedade que nós de fato deveríamos buscar. Imagine o dia que a sociedade tiver um grau de organização onde os mais fortes ao invés de usar sua força contra os mais fracos que usasse sua força para amparar os mais precisam. O berço da autogestão está na busca dos trabalhadores pelo benefício da saúde. A autogestão já tem experiência e agora novos desafios.”
Novamente, o deputado fez um convite à entidade. Desta vez, a proposta é fazer um debate com as entidades gestoras de planos de saúde, com a sistematização de dados, para mostrar as distorções do setor aos parlamentares. “Quero articular com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para que façamos um seminário para que as entidades participem de um evento organizado pela Casa, porque isso evolui para um debate de financiamento que tem tudo a ver com legislação.” E finalizou sua participação declarando: “A autogestão, das modalidades existentes, é aquela que encarna mais e melhor a própria concepção de sistema de saúde por causa do acesso, por não visar lucro e pelo fato de buscar dar o atendimento equânime, o que nem sempre é possível.“
”A assistência à saúde não é um negócio e tem gente tratando assim”, declarou o deputado João Eduardo Dado Leite de Carvalho (PDT-SP). Ele lembrou que há mais de 20 anos, quando ele estava à frente da Afresp, vivia-se um grande conflito na assistência à saúde em relação a honorários médicos e negociação hospitalar. ”Vivíamos uma realidade de mortes por falta de atendimento nas portas dos hospitais por questão de falta de negociação. Precisamos nos unir, ter um discurso único, agir em conjunto. Com isso, nós da autogestão, identificamos nossas igualdades e vimos que queríamos um atendimento com qualidade, custos controlados e preservar a relação com classe médica. Foi um grande passo para a nossa redenção.”
Dado reforçou que saber dessa realidade é importante para compreender a importância da autogestão. “Temos de um lado tomadores e de outros prestadores de serviços e essa relação, quase sempre conflituosa, está se concretizando no limiar entre a vida e a morte. E é disso é que de mais importante o Estado deve cuidar. A autogestão promoveu o equilíbrio do mercado e a obrigatoriedade de se negociar e não impor as coisas. Este seminário é importante e tem que fazer parte de um movimento na Câmara, ao qual eu me proponho a representar. O certo é que a vida não pode esperar.”
Na sequência, na mesa coordenada pela vice-presidente da UNIDAS, Maria Beatriz Coacci Silva, os presidentes da Cassi, Hayton Jurema da Rocha, da Assefaz, dr. Hélio Bernardes, e da Geap, Carlos Célio de Andrade Santos, apresentaram suas experiências à frente das instituições filiadas, e a representante do Conselho de Usuários da Caixa, Vanessa Sobreira, mostrou os desafios e as vantagens do plano.
Durante o debate, vários representantes das autogestões destacaram a importância do evento, falaram de suas realidades e dificuldades evidenciadas e propuseram ações para garantir a sobrevivência da modalidade.
Os deputados Eleuses Vieira de Paiva (DEM-SP) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) também estivem no seminário e se propuseram a levar a assistência à saúde do trabalhador para debate na Câmara.
Denise fechou o evento destacando os seus resultados. “Saímos daqui com dois compromissos: o de formar uma comissão para ampliar esse debate e levar para a Subcomissão Especial destinada a Avaliar o Sistema de Saúde Complementar, da Comissão de Seguridade Social e Família, propostas de alterações para a lei 9.656/98.”
Por Fabiane de Sá
Comunicação UNIDAS
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