postado em 30/07/2009 0:00 / atualizado em 30/07/2009 0:00
A interinidade do secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo, deve durar mais algum tempo. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, relatou a três superintendentes regionais que está tomando todo o cuidado para escolher um nome e que não tem pressa. Em entrevista coletiva para reafirmar que o governo vai cumprir a meta de superávit primário neste ano, Mantega comentou que a Receita está trabalhando normalmente e que segue, à risca, o programa de trabalho traçado, o que não depende da nomeação de um novo secretário.
Os superintendentes regionais da 6 (Minas Gerais), 8 (São Paulo) e 10 (Rio Grande do Sul) regiões fiscais relataram ontem a Mantega que a resistência da corporação ao nome do atual presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Valdir Moyses Simão, não se deve ao fato de ele ser oriundo da carreira de auditor da Previdência. Revelaram que o temor é o de uma exagerada proximidade com o PT, o que significa admitir intervenção política que retire da Receita autonomia para atuar tecnicamente. Os chefes regionais disseram ao ministro que foi péssima a repercussão da demissão da ex-secretária Lina Maria Vieira, em 11 de julho, porque não houve uma explicação clara.
A tensão nos bastidores da Receita vem aumentando com trocas de acusações entre grupos que querem preservar poder. Mantega mostrou ontem que está irritado com algumas especulações e informações incorretas que estariam sendo publicadas na imprensa sobre quais seriam os motivos da demissão de Lina. Respondeu aos superintendentes, sem grandes esclarecimentos, que Lina tinha se distanciado de algumas diretrizes. Suas palavras não foram suficientes para acalmar a parte da corporação que estava satisfeita com a saída de um grupo que ocupava a cúpula da Receita desde 1995.
Na agenda de Mantega, ele ainda deveria reunir-se ontem com os superintendentes da 4 (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas) e 5 (Bahia e Sergipe) regiões fiscais, mas o encontro foi adiado.
Os três superintendentes ouvidos ontem procuraram deixar claro ao ministro que não há uma rebelião contra a demissão de Lina, mas temor de uma intervenção política em um órgão de Estado que signifique "cuidado" ou "proibição" de fiscalizar determinados contribuintes. Mantega prometeu que isso não vai acontecer.
Quando os chefes regionais citaram o nome de Simão como sucessor de Lina, Mantega admitiu que ele está sendo cogitado porque tem ótima boa experiência de gestão no INSS. O fato de ser próximo ou ligado ao PT não é decisivo, garantiu o ministro da Fazenda.
Fonte: Valor Econômico
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