A decisão sairá das assembléias que acontecem hoje (06.02.07) em todo o País. Se aprovada a proposta, a categoria pára os trabalhos por 24 horas, a partir da zero hora de depois de amanhã (quinta-feira, dia 08.02). Motivo: protesto contra a redução dos valores do contracheque de janeiro e previsão de redução ainda maior em fevereiro.

Diferentemente de outras carreiras de Estado, os auditores-fiscais da Receita Federal têm a sua remuneração vinculada a metas de arrecadação do governo, um fator estranho à atividade da categoria. “Nossos salários ficam a reboque de índices macroeconômicos, ao crescimento, à inflação, taxas de juros e até mesmo de decisões de empresas como aconteceu agora que a Petrobrás recolheu menos tributos porque definiu por distribuir, a seus sócios, juros sobre capital próprio, um benefício injusto que existe apenas no Brasil e que o Unafisco denuncia a alguns anos por privilegiar o capital financeiro”, afirma o presidente do sindicato, Carlos André Soares Nogueira.

Quando do anúncio do governo sobre o reajuste dos salários dos auditores-fiscais, em junho do ano passado, o Unafisco suspendeu a greve (que compreendeu o período de 2 de maio a 6 de julho) mas deixou claro que a categoria continuaria mobilizada justamente por entender que as reivindicações não haviam sido atendidas. “Alertamos, à época, para o fato de que o reajuste condicionado às metas gerava insatisfação e ainda agravava questões como a do fosso salarial e da quebra da paridade entre ativos e aposentados. Não atendia, portanto, ao pleito da categoria de implantação do novo patamar remuneratório estabelecido no Plano de Carreira aprovado pelos auditores-fiscais da Receita Federal”, destaca Carlos André.

Brasília, 06 de fevereiro de 2007.

Unafisco Sindical – Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal