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Pesquisa retrata setor de Autogestão em Saúde

postado em 05/12/2006 9:09 / atualizado em 05/12/2006 9:09

Resultados apontam aumento dos gastos no setor de Autogestão.

Divulgada em 13 de novembro, no 6º Congresso de Gestão de Assistência à Saúde, do qual Roberto Kupski, presidente da FEBRAFITE participou, em São Paulo, a 7ª edição da Pesquisa Nacional da UNIDAS foi desenvolvida em parceria com o Datafolha Instituto de Pesquisas. Seus dados referem-se a 2005 e compreendem um universo de 2,4 milhões de pessoas de vidas cobertas pelos planos de saúde das filiadas. Da população pesquisada, 87% fizeram uso dos planos em 2005; desses, 55% são ativos, 25% aposentados e 20% agregados.

Para a presidente da UNIDAS, Marilia Ehl Barbosa, o resultado da Pesquisa é bastante significativo, já que as informações referem-se a 50% da população assistida pelas filiadas e 45% das Autogestões no País. “O objetivo fundamental do trabalho é contribuir para o aprimoramento do setor de saúde suplementar, auxiliando os gestores na comparação do desempenho de suas filiadas e na definição de novos projetos”, afirma.

Pesquisada pela primeira vez, uma informação já se configura como de extrema importância para o segmento de Autogestão e para a sociedade. “É a capacidade de manutenção das pessoas idosas nos programas assistenciais, com investimento em prevenção e promoção que venham trazer resultados efetivos e de melhora da qualidade de vida dessa população. O grupo de idosos com mais de 71 anos nas instituições de Autogestão chega ao número surpreendente de 289 mil, sendo que com mais de 100 anos de idade, temos uma população de 523 beneficiários”, destaca Marilia.

Indicadores de utilização e custo
Comparado a 2004, o setor sofreu um aumento de R$ 2 bilhões nas despesas e, com isso, os gastos assistenciais demandaram investimentos da ordem de R$ 8 bilhões, dos quais a maior parcela cabe à internação. Em 2005, investiram-se nesse tipo de atendimento cerca de R$ 3,6 bilhões, enquanto que em 2004, foram R$ 2,7 bilhões. No ano de 2000, este valor era bem menor: R$ 1,5 bilhão, o que significa uma variação média de 140% nos últimos cinco anos.

Cada beneficiário realizou por ano 5,87 consultas e 12,15 exames, com tempo médio de permanência hospitalar de 3,81 dias. O custo de uma consulta, em média, foi de R$ 31 e o do exame, R$ 20. A internação teve um custo médio de R$ 3.900.

O custo médio per capita/mês da cobertura médico-hospitalar ficou em R$ 109 (cento e nove) comprovando, mais uma vez, que o segmento de Autogestão é uma opção para as empresas, por apresentar um custo menor em relação aos planos lucrativos.

Um outro ponto que causa impacto e apreensão é o índice de cesáreas, que chega a representar 85% de todos os partos realizados, contrariando todas as ações, principalmente do órgão regulador, no sentido de estimular o aumento do número de partos normais.

Exames preventivos
Nos exames preventivos, o maior índice entre as mulheres é o de Papanicolau, que auxilia no diagnóstico precoce de câncer de colo do útero, e o PSA para os homens, que auxilia no diagnóstico precoce do câncer de próstata,.

Ø 60% das mulheres entre 19 e 59 anos fizeram o exame de Papanicolau.

Ø 35% das mulheres entre 30 e 59 anos fizeram mamografia

Ø 43% dos homens com 40 anos ou mais fizeram o exame PSA

Ø 26% dos homens com 40 anos ou mais fizeram o ultra-som da próstata que auxilia no diagnóstico de câncer de próstata

Ø 17% dos homens com 18 anos ou mais fizeram o exame de sangue oculto nas fezes, que auxilia no diagnóstico do câncer de intestino grosso (ou cólon).

Esses resultados demonstram a preocupação das filiadas em relação à importância do tema e os esforços realizados no sentido de manter uma população mais saudável.

Cobertura odontológica
Os valores da cobertura odontológica, oferecida por 65% das instituições pesquisadas, é de R$ 51,67 per capita/ano. O principal acesso aos serviços é feito por meio da rede credenciada (100%), seguida pela livre escolha por reembolso, que é oferecida por 86% das empresas para ativos e por 75% delas para aposentados e agregados. A oferta de serviços próprios existe em apenas 14% das operadoras.

Destaques
ü O resultado da Pesquisa mostra que o percentual de cesáreas é cinco vezes superior ao de partos normais.

ü Houve aumento significativo na utilização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) como referência de remuneração.

ü 12% dos beneficiários têm mais de 70 anos, o que equivale a aproximadamente 300 mil vidas. Dessas, 523 têm 100 anos ou mais.

ü Na prestação de serviços odontológicos há predominância quase que absoluta de profissionais pessoas físicas.

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