postado em 25/07/2012 0:00 / atualizado em 25/07/2012 0:00
Resumo analítico das principais notícias da área econômica entre 17 e 23 de julho:
• O agravamento da crise da zona do euro, com foco agora na Espanha, voltou a estressar os mercados desde o final da semana passada. O novo estopim foi o anúncio das comunidades autônomas espanholas (Valência, Múrcia e Catalunha) de que precisam de ajuda do governo central para rolar suas dívidas, com alta proporção de vencimento no curto prazo.
• O noticiário do exterior, além de intensificar a volatilidade das bolsas de valores, acentua o pessimismo com as perspectivas de recuperação econômica. Hoje, é praticamente consenso entre os analistas de mercado de que a atual crise européia tende a ser mais duradoura do que aquela de 2009, que teve como epicentro os Estados Unidos.
• No Brasil, portanto, as chances de uma rápida recuperação como a que verificamos em 2010 é remotíssima, e as estimativas de crescimento em 2012 tem sido revistas sucessivamente para baixo. Agora, o próprio governo brasileiro já admite que o PIB deverá fechar o ano com crescimento de no máximo 3%, o que significa que – na prática, com certeza – ficará bem abaixo disso.
• No mercado, as apostas de crescimento para 2012 oscilam atualmente entre 1,5% e 2%, com perspectiva de recuperação para o patamar de 4% ou 4,5% em 2013. Este cenário recomenda prudência das autoridades fiscais neste momento em que governos federal, estaduais e municipais preparam suas estimativas de receita e orçamento para o próximo ano.
• Em junho, por exemplo, a receita administrada federal caiu 2,25% em valores nominais ou 6,86% em valores reais na comparação com igual mês do ano passado. No acumulado do ano, a receita permanece com expansão nominal de 8,6% e real de 3,04%.
• A redução das projeções oficiais de PIB já levou o governo federal a anunciar no final da semana passada uma estimativa de arrecadação tributária (para 2012) R$ 13,2 bilhões menor do que a prevista até o bimestre passado. As principais revisões para baixo ocorreram no Imposto de Renda (R$ 8,7 bilhões) e no IPI (R$ 2 bilhões), tributos estes partilhados com estados e municípios.
• Com isso, as projeções de transferências legais e constitucionais para estados e municípios caíram de R$ 181,2 bilhões para R$ 176,3 bilhões em 2012 – queda de R$ 4,9 bilhões.
• Apesar da queda de arrecadação, o governo manteve inalterada, por enquanto, a meta de superávit primário do setor público de 3,1% do PIB. Como? Revisando para cima as projeções de receita de dividendos e royalties (R$ 6 bilhões) e da Previdência Social (R$ 3 bilhões). Se, até o final do ano, as projeções se mostrarem infactíveis, então sim o governo deve anunciar que o superávit ficará menor.
• Já para 2013, embora a LDO aprovada na semana pelo Congresso preveja a manutenção do superávit primário em 3,1% do PIB, o governo cogita na redução da meta para acomodar uma ampla desoneração da folha de pagamento, segundo noticiaram alguns importantes veículos de imprensa. Até agora, a desoneração vem sendo concedida a conta gotas, para alguns setores, mas a presidenta poderia decidir estender a medida para toda a economia, com um impacto fiscal de mais de R$ 20 bilhões anuais.
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