postado em 11/07/2012 0:00 / atualizado em 11/07/2012 0:00
Resumo analítico das principais notícias da área econômica entre 3 e 9 de julho:
• O Banco Central deve promover novo corte de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic na reunião desta semana, deixando aberta a possibilidade de novos ajustes “com parcimônia” nas taxas básicas de juros nas próximas reuniões. Com isso, o juro básico da economia cairá para 8%, novo nível mínimo histórico.
• Contribuem para esta decisão tanto a queda nas taxas correntes de inflação (mercado espera IPCA de 4,7% em 2012) quanto o fraco ritmo da atividade econômica, tanto doméstica quanto global. Ou seja, a conjuntura permite que o BC continue reduzindo a taxa de juros sem ameaças para a meta de inflação.
• Os bancos centrais da Europa e da China também promoveram cortes na taxa de juros na semana passada, marcada por dados ruins e expectativas negativas sobre a atividade econômica global.
• No caso da inflação, o IPCA tem desacelerado progressivamente em direção ao centro da meta (4,5%). O IPCA de Jun/12 apresentou forte queda em relação ao mês anterior (de 0,36% em Maio/12 para 0,08%) e também foi inferior à variação verificada no mesmo mês do ano passado (0,15%). Com isso, a taxa acumulada em 12 meses recuou para 4,92% e, segundo previsões do mercado, fecharia o ano em 4,7%.
• No caso da produção industrial, o índice calculado pelo IBGE caiu 0,9% na passagem de Abril/12 para Maio/12. Na comparação com Maio/11, a queda foi de 4,3%, a mais intensa desde setembro de 2009. Até maio, a produção industrial já acumula quedas de 3,4% no ano e de 1,8% nos últimos 12 meses.
• Ainda segundo dados do IBGE, houve retração da produção industrial em 17 dos 27 segmentos pesquisados. O principal impacto foi sentido no setor de veículos automotores, que caiu 16,8% ante Maio/11, influenciado pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos analisados, com destaque para caminhão-trator, caminhões, automóveis e autopeças.
• Reforçando os dados negativos da indústria em Maio/12, os indicadores da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontaram queda de 0,4% no faturamento real ante o mês anterior. Já o número de horas trabalhadas recuou 1,4% ante Abril/12, enquanto que o nível de emprego subiu 0,1% na mesma base.
• Em resumo, os indicadores de Jun/12 divulgados na semana reforçaram o quadro de deterioração da confiança dos agentes econômicos, apesar da melhora nos indicadores de vendas, especialmente de automóveis, como resultado das medidas de estímulo tributário adotadas pelo governo federal.
• Segundo a CNI, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu 1,7% em Jun/12 na comparação com o mês anterior. O recuo deve ser atribuído, principalmente, a uma preocupação maior com o desemprego e com uma situação financeira mais desfavorável.
• No lado fiscal, a desaceleração econômica está repercutindo diretamente sobre as receitas tributárias, principalmente dos estados. A receita administrada federal apresentou variação positiva de 10,9% em termos nominais no acumulado de janeiro-maio de 2012 em comparação com 2011, enquanto a receita estadual de ICMS cresceu apenas 8,4% no mesmo período, com tendência de redução nos próximos meses.
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