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Tributação excessiva, demora nas reformas tributária e trabalhista

postado em 20/04/2009 0:00 / atualizado em 20/04/2009 0:00


Tributação excessiva, demora nas reformas tributária e trabalhista, burocracia e infraestrutura deficiente prejudicam exportações

Ao expor uma visão empresarial sobre o impacto da crise financeira mundial no Brasil, em audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos e de Acompanhamento da Crise, na terça-feira, o presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, lamentou que o país não tenha o hábito de calcular o custo da "não competitividade" sobre o setor produtivo.

Esse prejuízo à competitividade, na sua opinião, decorre da tributação imposta às exportações; da demora na aprovação de reformas estruturais, como a tributária e a trabalhista; e dos investimentos precários do poder público em infraestrutura.

Gerdau creditou à falta de competitividade a permanência do Brasil como exportador de matéria-prima em detrimento de produtos manufaturados.

Como empresário do ramo siderúrgico, de cadeia produtiva mais longa, ele afirmou ter testemunhado as dificuldades decorrentes da burocracia estatal, da tributação pesada sobre imobilizados e energia elétrica, dos encargos financeiros incidentes sobre o capital e da oneração da folha de pagamento dos funcionários.

– Em cenário de crise, essa não competitividade brasileira vem à tona e atrapalha nossa participação no mercado externo – afirmou.

Os senadores presentes à reunião respaldaram as reivindicações do empresário, que propôs a criação de uma comissão com representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, de empresários e trabalhadores e dos governos estaduais para traçar estratégias de retomada da competitividade, principalmente no setor exportador.

O primeiro a apoiá-lo foi Aloizio Mercadante (PT-SP), para quem essa comissão precisa trabalhar em três frentes: desoneração dos investimentos, das exportações e do emprego.

Fonte: Jornal do Senado
Em 20/04/2009

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