postado em 09/06/2008 0:00 / atualizado em 09/06/2008 0:00
O presidente da Associação filiada Auditece/CE, Juracy Soares, publicou artigo no Jornal O Povo, no estado do Ceará, neste domingo no Caderno opnião sobre Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI´s), o caso cartões coorperativos.
Abaixo, íntegra do texto disponível no link: http://www.opovo.com.br:80/opovo/opiniao/794879.html
Faça o que eu digo…
A montagem de Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI´s) parece ser uma excelente oportunidade… para os parlamentares posarem de defensores da verdade. A CPI dos cartões corporativos foi mais um exemplo disso.
A grande mídia denunciou que membros do primeiro escalão do Executivo estariam usando, de forma ilegal, o cartão corporativo. Compras em freeshops, tapiocarias, aluguéis de veículos e hospedagens em hotéis de luxo nos finais de semana, dentre outros.
E o cartão foi exatamente para dar transparência ao gasto, uma vez que toda despesa feita com ele é automaticamente disponibilizada na Internet, no instante em que se processa a operação.
Depois de toda essa polêmica envolvendo o mau uso do cartão, instala-se uma CPI (CPI do Cartão Corporativo), que deveria ter por objeto investigar o mau uso e propor a punição de quem nele incorreu, além de apresentar soluções que evitem futuras situações do gênero.
O relatório final da CPI dos cartões corporativos, de autoria do deputado petista Luis Sérgio (RJ) conseguiu frustrar todas essas expectativas.
O parlamentar isentou todos os ministros da atual gestão pelo que classificou de "enganos" ao usar o cartão do governo para pagar despesas de cunho particular.
No mesmo relatório cobra da Controladoria Geral da União (CGU) providências em relação aos ex-ministros do então governo Fernando Henrique.
E, ainda por cima, deixa de incluir no seu parecer a proposta de que a verba indenizatória a que cada deputado federal tem direito, no valor de R$ 15 mil, seja aplicada via cartão corporativo.
Clássico exemplo do "faça o que eu digo, não faça o que eu faço".
Quando os deputados souberam que o relator poderia propor o uso obrigatório do cartão para pagamento da verba indenizatória, houve uma ferrenha reação.
Aqueles mesmos parlamentares que deveriam estar preocupados em verificar o correto uso do recurso público de forma transparente preocupam-se em apontar os erros, mas, dos outros.
Os que reclamaram, arvorando-se de revisores dos procedimentos do Executivo Federal, agora se negam a adotar procedimento semelhante para o Legislativo.
Juracy Soares – Auditor Fiscal da Receita Estadual – Sefaz. Presidente da Aditece
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